segunda-feira, 27 de setembro de 2010

[Seminário] Análise de Pontos de Função



Análise de ponto de função
Aplicações para estimativas de tamanho de Projetos de Softwares
DEFINICAO
Análise de Pontos de Função (APF) é a técnica de medição das funcionalidades fornecidas por um software do ponto de vista de seus usuários. Ponto de função (PF) é a sua unidade de medida, que tem por objetivo tornar a medição independente da tecnologia utilizada para a construção do software. Ou seja, a APF busca medir o que o software faz, e não como ele foi construído.
BREVE HISTORIA E SEUS OBJETIVOS
A APF surgiu em 1979 como resultado de um projeto desenvolvido por Allan Albrecht, pesquisador da IBM. O objetivo era encontrar uma técnica de estimativa para esforço de desenvolvimento de software que fosse independente da linguagem de programação utilizada. Apesar de ter surgida na IBM, o resultado desse projeto foi aberto à toda comunidade de software em 1984. Ou seja não é propriedade de nenhuma empresa.
ORGAO RESPONSAVEL PELA PADRONIZACAO DA TECNICA APF
O padrão reconhecido pela indústria de software para APF é o Manual de Práticas de Contagem de Pontos de Função (CPM - Counting Practices Manual) mantido pelo IFPUG - International Function Point Users Group.
O IFPUG é uma entidade sem fins lucrativos composta por pessoas e empresas de diversos países cuja finalidade é promover um melhor gerenciamento dos processos de desenvolvimento e manutenção de software através do uso da APF.
No Brasil o órgão responsável pela padronização é: BFPUG - Brazilian Function Point Users Group.
PRIMEIROS PASSOS PARA A APLICACAO DA APF
O primeiro passo é identificar claramente quais os objetivos da organização. A APF pode ser empregada com várias finalidades: estimativas de projetos de software, unidade de medição de contratos, apoio ao controle de qualidade e produtividade, benchmarking e programa de métricas.

ONDE PODEMOS UTILIZAR A APF
APF é uma técnica independente da tecnologia utilizada para modelar ou implementar um software. Portanto um software terá o mesmo tamanho em pontos de função quer venha a ser desenvolvido utilizando tecnologia OO (Orientada ) ou uma outra abordagem.
O que poderá diferenciar as duas abordagens é que no projeto OO a produtividade (hora/PF) poderá ser melhor devido ao reuso. Fazendo uma analogia com a construção civil: pode-se construir uma casa de 100m2 da maneira convencional ou utilizando módulos pré-fabricados. Em ambos os casos o tamanho da casa será o mesmo, apenas o tempo de construção ou o custo poderá variar.

HOUVE ALGUMA EVOLUCAO NA TECNICA DA APF APÓS SUA CRIACAO?
Sim, desde a publicação da proposta da APF em 1979 diversos refinamentos foram incorporados à técnica ao longo dos anos. E este processo ainda continua. Porém a essência da técnica mudou muito pouco. Isto resulta do fato da técnica ser orientada à medir a funcionalidade que um software fornece ao usuário, independente da plataforma tecnológica na qual o software rodará, metodologia de desenvolvimento ou linguagem de programação usada para sua construção.
E NECESSARIO SER DESENVOLVEDOR DE SOFTWARE (ANALISTA DE SISTEMAS, PROGRAMADOR, ETC) PARA APRENDER OU USAR A APF ?
Não. A grande vantagem da APF é que ela é baseada na VISÃO DO USUÁRIO, permitindo que seus conceitos possam ser compreendidos tanto pelo desenvolvedor quanto pelo usuário. O objetivo da técnica é medir a funcionalidade que o software fornece ao usuário independente da tecnologia usada para a implementação do mesmo. Essa medição é baseada somente nos requisitos que o software deve atender.
QUEM USA APF NO BRASIL E NO MUNDO ?
No Brasil pode-se citar empresas como Accenture, Bradesco, Companhia Vale do Rio Doce, Caixa Econômica Federal, Correios, CPM, Datamec, Datasul, DBA, EDS, IBM, Petrobras, Politec, Tata, Unibanco, Unisys, Xerox, dentre outras.
O IFPUG possui filiados de mais de 40 países; sendo que o uso da APF é mais intenso na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Coréia, Estados Unidos, Índia, Inglaterra, Itália e Holanda. Exemplos de outras empresas no mundo que usam a APF: IBM, Unisys, Xerox, EDS, Citigroup, Tata, Lockheed Martin-EIS, Booz Allen & Hamilton, Nielsen Media Research, Bank of Canada, Ralston Purina Co., Northrop Grumman Corp, Samsung SDS Co Ltd, BASF Corporation, Accenture, Pepsi Co, Compuware, Pricewaterhouse Cooper.
QUE DOCUMENTOS SAO NECESSARIOS PARA UMA CONTAGEM DE PONTOS DE FUNCAO ?
Não há um documento específico de uso obrigatório para se medir um software (ou contar pontos de função). Qualquer documento no qual seja possível extrair informações dos requisitos do usuário pode ser usado em uma contagem de pontos de função. Sejam eles casos de uso, manuais, protótipos, documentos de visão, modelo de dados, modelo de classes, etc. Isto é coerente com o próprio objetivo da APF que é ser uma técnica independente da implementação do software. Pode-se implementar um software através de diferentes métodos e ferramentas para análise, modelagem e construção, para diversas plataformas computacionais; mas nada disso afeta a medição do mesmo em pontos de função.

É claro que determinados tipos de documentos podem trazer a informação necessária para uma contagem de pontos de função de maneira mais fácil. Outros documentos podem conter apenas parte da informação necessária para a contagem de PFs, sendo necessário a análise conjunta de mais documentos para se efetuar a medição. Assim como também outros documentos, por terem um caráter mais técnico para o processo de desenvolvimento de software, podem dar mais trabalho para se extrair os requisitos do usuário. O melhor documento para se utilizar numa contagem de PFs é aquele que contém os requisitos do usuário explicitados na linguagem do seu negócio, e não num linguajar de TI.

Cada organização possui o seu processo de desenvolvimento particular, produzindo uma quantidade de documentos (ou artefatos) distintos em determinadas fases do processo. Logo, o momento no qual a medição é feita acaba determinando também quais documentos estarão disponíveis para se efetuar o trabalho de medição (ou estimativa) do tamanho funcional do projeto.
Danilo F. da Silva - R.A 1814319815
Marcio C. Veiga - R.A 1814319847

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