segunda-feira, 16 de agosto de 2010

[Seminário] O Processo Unificado Integrado ao Desenvolvimento Web






O Processo Unificado Integrado ao Desenvolvimento Web

ANTONIO CLEITON
JULIANO HENRIQUE BUZANA
5º SEMESTRE DE TADS – FACULDADES ANHANGUERA DE CAMPINAS
PROFª. TANIA REGINA RAMIRES BEZERRA
1º Introdução ao Processo Unificado;

O Processo Unificado (UP) é um processo de desenvolvimento fortemente ligado à orientação a objetos, porém, podendo ser adaptado para outros tipos de projetos.
Algumas características básicas do Processo Unificado são:
Direcionado por Casos de Uso: Com o intuito de se definir uma linguagem entre os usuários e o sistema;
Centrado na Arquitetura: Modelando uma arquitetura através dos aspectos estáticos e dinâmicos do projeto utilizando-se dos Casos de Uso mais significativos;
É iterativo e Incremental: Dividindo-se todo o projeto em mini-projetos menores.
O Processo Unificado consiste em atribuir tarefas a grupos ou indivíduos envolvidos diretamente no desenvolvimento de um Projeto, definindo o quanto antes, quais as etapas (iterações) e os artefatos que serão envolvidos durante o processo.






1 Visão Geral do Processo Unificado

2º Fases do Processo Unificado;

Concepção ou Iniciação:
Viabilizar o projeto, riscos, projetar os casos de uso mais críticos definindo quantas iterações o projeto terá.
Elaboração:
Definição dos casos de uso e seu detalhamento. Apresenta-se a Baseline completa do projeto, bem como os componentes que farão parte da equipe de desenvolvimento.
Construção:
Unem-se os vários artefatos de software tendo uma visão geral de como o Baseline do projeto está sendo seguido.
Transição:
Garantir que todos os requisitos do projeto foram atendidos e implementados corretamente podendo tirar uma visão geral do projeto.

Fluxos de Trabalho:
Modelo do Negócio:
Garantir que o fornecedor entenda exatamente o problema a ser resolvido. A iteração cliente e fornecedor torna-se essencial. Entender o modelo de negócio do cliente é peça fundamental antes que um requisito possa ser definido.
Requisitos:
A principal tarefa é a extração dos principais requisitos do sistema. Para isso, o fornecedor precisa ter em mente o problema a ser resolvido de forma que possa extrair ao máximos os requisitos.
Análise e Projeto:
Desenvolve-se uma visão arquitetural do sistema compreendendo os casos de uso mais importantes que serão usados na elaboração de alguns artefatos, tais como: um diagrama de classes, de iteração, de seqüência, etc.
Implementação:
Nesta Fase, os desenvolvedores poderão utilizar-se de componentes utilizados em outros sistemas (Componentização ou Modularização).
Testes:
Define-se um Plano de Testes deve ser elaborado e colocado em prática, podendo ser utilizado durante todo o projeto.
Implantação:
É a instalação do sistema no ambiente do cliente. Pode-se recriar o ambiente de trabalho do cliente para que já na fase de Teste, possa se ter uma idéia mais próxima possível do desempenho do sistema.
Gerência de Configuração e Mudança:
Controla-se todos os artefatos do sistema, bem como suas versões. Um bom controle de mudança é crucial para garantir o sucesso e a qualidade do projeto.

Gerenciamentos do Projeto:
Escolhe-se os artefatos a serem utilizados no desenvolvimento da aplicação.
Ambiente:
Representa o fluxo de trabalho da empresa que desenvolverá o projeto.


3º Artefatos Específicos Utilizados no Desenvolvimento de Projetos Web;

Planilha de Requisitos
Uma planilha em Excel, ou programa similar, para organizar os principais requisitos do sistema.





Planilha de Requisitos

Projeto Linear
Mapea-se os requisitos do sistema com as áreas ou páginas de uma aplicação. Cada página receberá um código, que por sua vez, será relacionado com nenhum, um ou mais requisitos.



Projeto Linear e Requisitos

Web Content

É um artefato de software responsável pelo armazenamento de todo o conteúdo textual utilizado em um site.
Ele é formado de acordo com os requisitos de sistema de acordo com as várias seções.



Ilustração de uma Página do Web Content

FDD (Wireframes)

O FDD (Functional Design Document) é um conjunto de Wireframes onde cada um representa uma página da aplicação. É uma maquete da página Web usada somente para apresenta a disposição dos elementos, não à estética.

Wireframe (Página do FDD)

Protótipo de Interface

Pode ser uma parte da aplicação, protótipo de funcionalidade ou de uma proposta de layout feita pelo designer e aprovada pelo cliente. Sua principal função é fornecer ao cliente quais serão as cores básicas da aplicação, uma parte da arquitetura de informação e como ficarão disponibilizadas aos usuários dentro do site.

4º Configurando o Processo Unificado;

Define-se o tempo de cada iteração dentro das fases.

Fases Tempo Iterações
Concepção 1 semana 1
Elaboração 2,5 semanas 1
Construção 6 semanas 2
Transição 2,5 semanas 1
Divisão das fases do projeto

Artefatos Concepção Elaboração Construção Transição
Planilha de requisitos 30% 50% 15% 5%
Projeto Linear 20% 70% 10% 0%
Web Content 15% 70% 15% 0%
FDD (Wireframes) 10% 60% 30% 0%
Protótipo de Interface 100% 0% 0% 0%
Mensuração de Esforço X Fases

Fase Concepção - 1ª. Iteração

A 1ª iteração ocorre praticamente depois de toda a fase de concepção do projeto, deixando-se claro quais os artefatos farão parte da gerência de configuração e mudança.
Modelo de negócio: Neste fluxo, se o fornecedor achar necessário, pode-se realizar um documento indicando a análise de viabilidade e de risco do projeto.
Requisitos: A extração dos requisitos deve ser feita à medida que os casos de uso do sistema são realizados e validados.
Análise e Projeto: Este fluxo utilizará até o momento, todos os requisitos construídos e aprovados dentro da planilha. A arquitetura de informação descrita no Projeto Linear já pode ser montada se baseando nos requisitos.
Mediante a construção do Projeto Linear e do Web Content, inicia-se a montagem FDD. O FDD servirá como guia para o designer montar o protótipo de interface do site. A finalização do protótipo e a aprovação do cliente marcam o final da 1ª iteração.
Implementação: Nesse momento os desenvolvedores podem, por exemplo, buscar funções e componentes já desenvolvidos em outros projetos, os quais servirão para a realização desta aplicação.
Teste: Esse fluxo pode ser marcado com o início da construção de um artefato chamado plano de teste. Essa construção deverá ser direcionada pelos requisitos do sistema obtidos até o momento.
Implantação: Não há.

Ao final dessa iteração, têm-se os seguintes artefatos sob gerência de configuração e mudança: FDD, Projeto Linear, Web Content, Planilha de requisitos, descrição dos casos de uso, plano de teste, documento de Baseline e quaisquer outros artefatos da UML que podem ser incluídos mediante a necessidade do projeto.

Fase Elaboração - 2ª. Iteração

No contexto apresentado, a 2ª iteração abrange toda a fase de elaboração do projeto.
Modelo de negócio: Análises de viabilidade e de riscos podem e muitas vezes devem continuar sendo feitas. O domínio do problema deve ser entendido completamente e uma solução deve ser descrita através dos casos de uso que estarão 80% finalizados no final desse fluxo de trabalho.
Requisitos: Os requisitos continuam sendo extraídos dos casos de uso e compondo a planilha. No final dessa iteração tem-se 80% dos requisitos já documentados e aprovados pelo cliente.
Análise e Projeto: Os requisitos aprovados até o momento servirão como base para a quase completa formação do Projeto Linear, do Web Content e consequentemente do FDD.
Implementação: Inicia-se a junção de todas as funções e componentes pesquisados no início do projeto, com os artefatos desenvolvidos até o momento. Os desenvolvedores precisam estar aptos a entender não só os artefatos como o FDD, Web Content e o Projeto Linear, mas também os possíveis diagramas da UML e, principalmente os requisitos gerados até o instante.
Teste: Esse fluxo pode apresentar alterações no plano de teste devido ao número de requisitos já extraídos. Em conjunto com a fase de implementação, são realizados testes de módulos, com objetivo de verificar o que está sendo feito.
Implantação: De forma a verificar se o que está sendo feito em relação à codificação irá funcionar do lado do cliente, no final dessa iteração, tem-se a implantação do que já foi codificado até o momento.

No final desta iteração, os artefatos estarão quase que totalmente concluídos. Eventuais ajustes podem ocorrer na Baseline e devem ser feitos pelo gerente do projeto. A RTF é construída avaliando e formalizando toda a iteração, servindo de aprendizado e preparando os envolvidos para a próxima fase do projeto.

Fase Construção - 3ª e 4ª Iteração

Neste contexto, a 3ª e 4ª iterações irão compor toda a fase de construção do projeto. Mais especificamente, a 3ª iteração indica o meio da fase de construção, enquanto que a 4ª, marca o final dessa fase. Eventuais ajustes nos artefatos surgirão em razão da implementação.
Modelo de negócio: As análises de viabilidade e de risco diminuem e servem agora apenas para pequenas tarefas realizadas no decorrer do projeto.
Requisitos: Os requisitos ainda continuam sendo extraídos dos casos de uso e compondo a planilha. No final dessa iteração, tem-se em torno de 95% dos requisitos já documentados e aprovados pelo cliente. Dessa forma, o FDD, o Web Content e o Projeto Linear, estarão também, quase completamente elaborados.
Análise e Projeto: Alguns artefatos da UML, escolhidos para melhor representar as características do sistema, serão finalizados durante essas iterações.
Implementação: Os programadores deverão possuir um suporte quase completo dos artefatos Web citados anteriormente. A maioria dos esforços do projeto são voltados agora para implementação e para a gerência das possíveis mudanças nos requisitos e conseqüentemente nos artefatos.
Teste: Nesse fluxo, consegue-se entender os pontos críticos de implementação e elaborar o plano de teste quase que totalmente.
Implantação: À medida que a codificação é finalizada, uma versão executável do sistema poderá ser implantada no ambiente do cliente.

Fase Transição - 5ª Iteração

Esta é a última iteração do exemplo apresentado neste artigo, integrando o desenvolvimento Web com o Processo Unificado. O final dessa iteração marca o término do projeto, bem como a construção completa de todos os artefatos.
Modelo de negócio: Dificilmente nesta etapa existirão tarefas que exijam análises de viabilidade e de risco.
Requisitos: Os requisitos nesse fluxo são mínimos. É mais comum encontrar alguns requisitos de engenharia (não funcionais) devido à parte do sistema já implantada no cliente.
Análise e Projeto: Nesse fluxo, tem-se a finalização do FDD, Web Content e do Projeto Linear. Os artefatos da UML também serão finalizados durante essa iteração.
Implementação: O ideal é que os desenvolvedores façam ajustes no sistema, apenas para a adaptação ao ambiente do cliente. Pouquíssimas alterações nos requisitos funcionais devem ser realizadas nesse fluxo e conseqüentemente, poucas modificações no sistema.
Teste: Nesse fluxo, o documento de plano de teste será finalizado. Testes de sistemas e de validação podem ser realizados também pelo cliente.
Implantação: A versão executável final do sistema deverá ser colocada no ambiente de teste e posteriormente no ambiente de produção do cliente, mediante aprovação do mesmo.

Conclusão

Neste artigo, procurou-se mostrar como artefatos específicos, utilizados no desenvolvimento de projetos Web, podem ser usados durante a construção de um sistema baseado no Processo Unificado.

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